PZL P.11c - Mirage - 1/48 (finalizado)

Modelista: Geraldo Ferreira - Colaborador Especial

Breve histórico:

Em 1928, a PZL, da Polônia, contratou o projetista Zygmund Pulaski para o desenvolvimento de uma nova linha de caças monoplanos. O protótipo inicial, dotado das caracterpísticas asas de gaivota, fez seu primeiro vôo em agosto de 1931. Infelizmente, seu criador, Pulaski, veio a falecer em um acidente aéreo, sendo o aperfeiçoamento do modelo realizado por W. Jakimiuk, mais tarde projetista da D.H. Canada e da SNCASE. O primeiro P.11 tinha motor Gnome-Rhône, porém, após serem realizados prolongados testes, o P.11 começou a ser produzido com o motor Mercury IVS, fabricado na Polônia. A versão final, denominada P.11c, teve a fuselagem redesenhada, de maneira a melhorar a visibilidade do piloto. Ao início do conflito, doze esquadrilhas polonesas estavam equipadas com o PZL 11c, e, apesar das péssimas condiçõess operacionais que enfrentaram, foram capazes de derrubar mais de cem aviões alemães, no curto período que antecedeu a queda da Polônia.

O kit:

Como esse 1/48 da Mirage (sim, outro short-run tcheco ) que eu quero - pouquíssimo convicto - acreditar represente o PZL P.11c da 114 Eskadra, da IV/1 Dywizjon, no qual o Tenente Tadeus Sawicz teria abatido 2 alemães, voando do aeródromo de Poniatów, perto de Varsóvia. Com o mesmo aparelho, o Tenente Aleksander Gabszewicz, diz-se ter conseguido a primeira vitória aérea da defesa da cidade em 1º de Setembro de 39.

O kit é bacana, e monta melhor que muito Academy. Só adicionei rodas em resina da True Details. Vem com um bonito PE, um radiadorzinho em resina... e o aviãozinho é absolutamente lindo de tão feio . O interior do cockpit é adorável.

Os cavalheiros já sabem que sou preguiçoso, além de montar porcamente. Bom, o kit é tão bonitinho que tem outro PZL, um P.24B, me aguardando na prateleira.

Não me senti inclinado a envelhecê-lo dado que (em teoria, pois meu talento margeia tais sutilezas - é só desculpa, mesmo) eram impecavelmente mantidos, já que eram o orgulho e bastião da gloriosa Força Aérea Polonesa.



Divirtam-se; peço apenas que usem ovos frescos e tomates sem agrotóxico .

P.S.: Alguns maledicentes poderão observar que aqui, o venturi não foi instalado de trás pra frente como no Macchi .

Nota sobre o autor: Geraldo Ferreira é publicitario em Caxias do Sul, RS, e nas horas vagas dedica-se ao modelismo e a pesquisa histórica, além de ambrenhar-se em trilhas a bordo de seu jeep. É uma boa criatura, adora gabar-se do seu grande estoque de short runs na 1/48, todos vindos da europa oriental, e fabricados a facão por trabalhadores que ainda não foram avisados do fim da cortina de ferro. Seu maior segredo é que quem monta seus kits não é ele, e sim cativos chineses que ele aprisionou no porão de um sobrado abandonado em Caxias. Estes chinas, fugidos da segregação vermelha, se sentem sortudos por terem um patrão que os faz trabalhar apenas dez horas dia, e ainda lhes oferta uma farta refeição, composta de um sanduiche de queijo e mortadela e meia xicara de café Ersatz.